Restaurante Ideal - Cabanas de Tavira

15:23:00

As filas de espera são enormes, as listas de espera, de pelo menos duas páginas.
O primeiro dia que tentámos jantar, ainda esperámos uma hora, mas o aconselhamento do empregado era sólido:

_O ideal é mesmo marcar mesa com antecedência!

Fartos de esperar concordámos marcar uma mesa para daí a uma semana.
Isto tudo para provar uma sopa de peixe, que anda nas bocas do Algarve.

SOPA do MAR!
Um sopa recheada de camarão, moluscos e lombo de peixe, servida num pão em vez de uma taça.



_O caldo é óptimo!
_Não poupam no camarão!
_O toque de hortelã dá um sabor fantástico!

Com tanta publicidade, eu estava cativado.
No dia marcado, a conversa já estava treinada, na ponta da língua para sair assim que nos sentássemos. Mas ainda assim, demos uma vista de olhos no Menu.
Para pratos do dia, entre outros vimos filetes de peixe galo com arroz de feijão.



_Hmm... parece-me bem para uma entrada.
_Que tal pedirmos uma dose destes antes das sopas?

Na mesa chegaram cerca de 6 filetes de peixe galo. Ao lado uma terrina de arroz de feijão com couve lombarda. À primeira aparência já tinha passado o teste.
O peixe estava fresquíssimo. Lombos altos, tenros e cheios de consistência a desfazerem-se em lascas enquanto os trincávamos. 
O arroz de feijão, o acompanhamento ideal. Arroz carolino ensopado em molho de feijão vermelho (fresco, nada de feijão de lata) e a couve lombarda a dar um toque rijo fantástico.
Esta entrada improvisada levou-nos ao céu e aumentou ainda mais as nossas expectativas relativamente à sopa do Mar.
Mas ainda era cedo; e à mesa éramos três. Voltámos a pegar no menu e pedimos umas filetes de polvo com arroz de tomate.



Polvo tenro frito,  na perfeição mas com falta de tempero.
Mesmo com o arroz de tomate aguado e com pouca acidez, este não se tornou melhor.
Foi agradável, mas fora das expectativas.
Ficámos por aqui e pedimos as sopas.
Chegada à mesa, a apresentação preenche o olhar. Um pão do tamanho de uma taça, fechado pela crosta e com um ramo de hortelã a brotar por um dos lados.
De água na boca, tiro a crosta e espeto uma colherada lá dentro:
À primeira impressão o caldo é demasiado pesado e com pouco sabor a mar. Cor tem ele! Mas não é com cor que se alegram as minhas pupilas gustativas. Mexo com animo à procura de sabor no fundo e começam a brotar moluscos, camarão e lombos generosos de peixe. Tento juntar todos os que consigo na mesma colher, mas o sabor mantém-se muito básico e com falta de gosto.
Que desilusão!
As expectativas eram altas, eu bem sei, mas ficaram pela areia molhada.



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