Os scones da gulbenkian
11:29:00É na Gulbenkian que fica: a cafetaria com maior potencial de descontração; a esplanada mais tranquila; e as patas mais descaradas, que constantemente nos bicam os pés enquanto tomamos o pequeno-almoço.
O próprio Miguel Castro e Silva, ficou de tal forma inebriado por este ambiente que criou umas replicas de pastel de nata, salgado (de autor) exclusivamente para a casa.
Sim, é na Cafetaria da Gulbenkian que podem provar os pasteis da autoria do chef:
de bacalhau;
de pescada com espinafres;
de frango e cogumelos;
de frango e alho-francês;
de legumes.
Ainda assim, não foi desta que a cafetaria tomou o animo e se esforçou mais na gastronomia.
Os pratos continuam a ser muito vulgares e os sabores sem qualquer fusão com o espaço envolvente.
A dependência do Jardim para esta cafetaria é notória, sem este, o único púbico seriam mesmo os pombos citadinos.
Mas ainda assim, há algo naquela pequena esplanada, pelas 10 da manhã que me faz juntar o ambiente ao paladar e por momentos esquecer tudo o resto.
O scones quentes; Acabados de sair do forno!
_Bom dia, o que vai querer tomar?
_Um scone e um chá preto, pff.
_O scone, é com doce e manteiga?
_Apenas manteiga.
Assim que abro ao meio aquele massudo rochedo feito de massa, uma nuvem de calor, meio envergonhada, acaba por sair e toma por completo a fragrância do local como sua.
Apesar da superfície mais estaladiça e o interior com um ponto meio mal cozido, o sabor não varia.
A variedade infinita de cereais sente-se bem e a manteiga salgada da-lhe um toque final fantástico.
Pedaço a pedaço o scone vai desaparecendo, mas graças ao tamanho o prazer prolonga-se e a refeição matinal torna-se um pouco maior que o habitual.
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